Pesquisa SHUNT Felino

O diagnóstico de SHUNT portossistêmico em cães e gatos pode ser um grande desafio tanto para a rotina clinica veterinária quanto para o ultrassonografista.

Contrariando todas as teorias de que é uma doença rara, em minha rotina prática a casuística cresce cada dia mais. Não é que a doença é rara e sim subdiagnosticada.

Como o exame ultrassonográfico é operador dependente, infelizmente há muito poucos profissionais médicos da área de imagem especializados,  o que permite com que a doença seja subestimada.

Importante saber que o exame de PESQUISA DE SHUNT não é o mesmo do abdômen e pélvico, pelo contrário, o protocolo de varredura é completamente diferente assim como o laudo/ relatório ultrassonográfico.

O nome correto de solicitação do exame de pesquisa de Shunt portossistêmico em cães e gatos é: Ultrassonografia Doppler Hepática.

O SHUNT portossistêmico em felinos é mais  comum do que se imagina. Esse paciente que eu atendi foi encaminhado por um gastroenterologista que estava tentando fechar diagnóstico de SHUNT portossistêmico em animais.

O animal apresentou sinais neurológicos aonde entrou em estado comatoso subitamente após alguns dias de apatia. Os exames de sangue resultaram em alterações nas enzimas hepáticas e teste de ácidos biliares assim como alterações urinárias. 

O animal tinha 1 ano de idade e era sem raça definida. A pesquisa de SHUNT pela ultrassonografia é realizada com mapeamento Doppler colorido e cálculos dopplervelociméticos. A avalizado de grandes vasos e vasos do sistema portal corroboram para o diagnóstico preciso e deve ser citado em laudo.

O animal deste caso apresentava alteração em fluxometria vascular em cava caudal e porta. Havia presença de turbilhonamento intravascular com imagem característica de fluxo reverso. O diâmetro dos vasos como cava caudal e porta também estavam alterados. Havia presença de um vaso anômalo com 0,41cm de diâmetro conectando a veia gástrica com a veia cava caudal ou seja, foi diagnosticado um SHUNT portossistêmico congênito extra hepático gastrocaval.

Importante a mensuração do diâmetro do vaso anômalo para que o cirurgião possa decidir o tamanho do anel aneróide e fazer o planejamento cirúrgico em que consiste a terapêutica.

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