Doenças oftalmológicas, como catarata, glaucoma descolamentos de retina, traumas, costumam acometer seres humanos e também animais. Para diagnosticar estes e tantos outros problemas da visão, médicos veterinários utilizam de técnicas e equipamentos, capazes de oferecer precisão nos resultados dos exames de apoio diagnóstico. Entre essas técnicas está a ultrassonografia oftálmica, um exame de imagem não invasivo e de alta tecnologia.
A ultrassonografia ocular é uma importante aliada da consulta veterinária, que sozinha, pode não identificar todos os possíveis problemas do animal. Para entender melhor como funciona o exame, vamos analisar as imagens de um paciente canino. Veja o estudo de caso a seguir.
O exame teve início pelo olho esquerdo no corte paraxial horizontal e paraxial vertical. Nessa imagem é possível identificar um corte paraxial horizontal do olho esquerdo canino, com a recomendação do protocolo de varredura oftálmico. A varredura em plano axial horizontal e paraxial vertical é necessário para que posteriormente, seja feita a mensuração biométrica ou biometria ocular.
Neste estudo de caso é possível visualizar a mensuração de câmara anterior, lente e câmera vítrea compondo todo o bulbo ocular, de D1 a D4. É importante destacar que a mensuração equatorial da lente é vital neste processo, para que o clínico cirurgião oftalmologista consiga escolher o tamanho da lente para a substituição caso o diagnóstico presuntivo desta catarata.
Este é um exemplo de descolamento de retina total. Nesta outra imagem do mesmo exame, em topografia de T12 (os cortes funcionam como um relógio, iniciando em T1, T2, T3, até T12), além dos cortes longitudinais.
O descolamento de retina pode ser total ou parcial. Se não for tratado, pode levar à cegueira. O diagnóstico imediato podem salvar a visão do animal. Por isso a ultrassonografia oftálmica é tão necessária na rotina veterinária. No caso em questão, não é possível enxergar a imagem clássica de asa de gaivota, indicando um descolamento parcial.
Ao fazer uma investigação 360° na varredura oftálmica, nota-se ainda uma membrana hiperecogênica em câmera vítrea que não deveria estar ali, o que confirma o diagnóstico de descolamento de retina.
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